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Envolta num clima de muita contestacao, mas tambem de muita esperanca, a cimeira do G20 decorreu na cidade de Londres, a 02 de Abril de 2009. Londres preparou-se (e muito bem) para receber o grupo das 20 maiores potencias mundiais.Serao tambem “os maiores” do mundo?? Duvidas a parte, porque essas ja sao outras conversas...
A grande cimeira dos 20 (the London Summit) foi recebida por uma gigantesca onda de protestos e manifestacoes. Diria mesmo que NUNCA houve tanta manifestacao num so dia! E acreditem que Londres e um palco diario de manifestacoes! Ainda assim, e apesar dos numeros finais terem estado abaixo das expectativas dos manifestantes, a cidade encheu-se de grupos de contestacao, movidos por ideais anti-capitalistas, anti-belicos, anti-globalizacao, entre outros.
A previsao de confrontos levou ao destacamento de mais de 84 mil policias, com muitos agentes vindos de outras cidades. Por causa de tal aparato muitos dos agentes foram ainda “obrigados” a alterar as suas folgas, e assim, nao havia nem um policia de Londres de folga na quarta e na quinta feira! Infelizmente, os protestos ficam marcados pelo falecimento de um homem na noite de quarta feira. Apesar do obito ter ocorrido durante os protestos e de ainda nao se saber a causa da morte, as autoridades avancam que esta foi "por causas naturais!"
Sera possivel que os confrontos/protestos sao agora causas naturais de morte???
O reforco da seguranca levou ainda ao apertado controlo das auto-estradas, vias rapidas e estradas locais por onde as delegacoes presentes passaram. A atencao tambem esteve direccionada para as diversas embaixadas e hoteis da cidade. Apesar dos confrontos/protestos mais fortes terem ocorrido junto ao Royal Banc of Scotland, o maior enfoque esteve centrado no Centro ExCel, o quartel central para as conversacoes do grupo, situado em Canning Town, Este de Londres.
O efeito OBAMA
De entre as personalidades mais celebres, de destacar a presenca do Presidente Norte-Americano, Barack Obama, chegado a capital britanica dois dias antes do encontro.
No dia que antecedeu esta cimeira, Obama reuniu bilateralmente com Gordon Brown, e com os Presidentes Russo, Dmitry Medvedev, e Chinês, Hu Jintao, mas as grandes decisoes surgiram no final da Cimeira. As grandes economias mundiais acordaram um pacote total de cinco biliões de dólares, destinados ao incremento da economia mundial até ao final de 2010. Tanto o FMI como o Banco Mundial vao receber do G20 um reforço de um bilião de dólares. Devido ao facto de emprestar dinheiro a governos em dificuldades, a primeira instituicao recebe 500 mil milhões de dólares adicionais, o que representa o triplo da sua capacidade de apoio financeiro. Um pacote de 250 mil milhões de dólares destinado ao apoio e à dinamização das trocas comerciais mundiais, sera implementado, tendo como principal objectivo a luta contra as medidas proteccionistas.
Os representantes mundiais decidiram ainda um reforco e controlo dos mercados financeiros, a regulacao dos salários e prémios destinados aos altos quadros, o desapareceimento dos paraísos fiscais, a re-estruturacao das agências de notação financeira ou rating que passam a estar submetidas a um codigo muito mais rigoroso e justo, a implementacao de reservas bancarias obrigatorias, destinadas a reforçar as provisões de capital, de modo a poder combater as crises financeiras com maior eficacia, (mas so podera ser concretizado depois da recuperação da actual recessao).
E depois de Londres…
Depois de Londres foi a vez de Estrasburgo receber Barack Obama para Cimeira da Nato. O dia comecou com um encontro entre o lider mundial e milhares de jovens europeus. Finalizado o brilhante "tete a tete" de Obama com os jovens, fica na memoria a promessa de lutar por um mundo em que os Estados Unidos da America e a Europa lutarao juntas para ultrapassar com êxito os desafios do século XXI!
A Cimeira comecou em Estrasburgo, França, mas decorrera em Kehl e Baden-Baden, Alemanha, durante o dia de Sabado. No final do seu encontro com Sarkozy, Obama frizou que "os Estados Unidos estão a mudar, mas não pode ser só a América a mudar. Houve um tempo no qual a América transbordava de arrogância", mas hoje a situacao e outra, e “não procuramos ser os patrões da Europa, mas seus parceiros"!
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